INFORMAÇÃO DE BIBLIOTECÁRIA - MA

Ideias, reflexões, curiosidades e questionamentos sobre a área de Biblioteconomia, Arquivologia, Consultoria informacional, Gestão do Conhecimento, Inteligência Competitiva, Gestão da Informação, Empreendedorismo e Digitalização de Documentos.













quinta-feira, 24 de junho de 2010

Informativo


Informamos que o Sindicato dos Bibliotecários do Estado do Maranhão aprovou em Assembléia Geral, realizada no dia 23 (vinte três) de junho de 2008, os valores referentes ao piso salarial desta categoria.
SALÁRIOS PARA BIBLIOTECÁRIOS RECÉM - FORMADOS COM ATÉ DOIS ANOS DE EXPERIÊNCIA:

40 horas semanais (8h) – R$ 1.800,00 a R$ 5.000,00
30 horas semanais (6h)– R$ 1.500,00 a 4.000,00
20 horas semanais (4h) – R$ 900,00 a 2.500,00

SALÁRIOS PARA BIBLIOTECÁRIOS COM EXPERIÊNCIA COMPROVADA, CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA QUE DIRETA OU INDIRETAMENTE EXERCEM CARGO DE CHEFIA OU COORDENAÇÃO:

40 horas semanais (8h) – R$ 2.850,00 a 10.000,00
30horas semanais (6h)– R$ 2.550,00 a 9.000.00
20 horas semanais (4h) – R$ 1.425,00 a 5.000,00

Obs.: Os profissionais que já recebem salários superiores aos expostos acima, têm garantia constitucional de irredutibilidade salarial.

No caso de auxiliar de biblioteca, embora o SINDBIB/MA seja restrito a Bibliotecários formados, mas por força da existência imprescindível da função, temos constatado que a faixa salarial varia de R$ 700,00 (setecentos reais) a R$ 1.000,00 (mil reais) mensal.

sábado, 19 de junho de 2010

Reescrevendo as Leis de Ranganathan


Ranganathan escreveu cinco leis fundamentais para Bibliotecas, mas estas leis não deveriam vigorar nos dias atuais. Foram escritas em uma economia industrial de escassez, em que as Bibliotecas eram o principal ambiente de conexão das pessoas com os livros.
Os livros são importantes, mas o problema da escassez foi solucionado. O desafio atual não está na melhoria da qualidade da conexão das pessoas com os livros. Mas na melhoria da qualidade da conexão entre as pessoas.


O problema deixou de ser como encontrar o livro certo, mas como encontrar a inteligência certa. As redes sociais sempre foram a principal conexão das pessoas com os livros (dos clubes de leitura até os clãs de leitores de Harry Potter). As pessoas na grande maioria do tempo não buscam livros digitando assuntos aleatóriamente em catálogos, mas porque outras pessoas as indicaram. Seja durante o seu período de formação acadêmica, seja no relacionamento com os familiares, ou porque inspiraram-se pela leitura de outra pessoa.

A Biblioteca 2.0 não é simplesmente sobre o uso de Tecnologias Sociais para promover a disseminação da informação. A Biblioteca 2.0 na verdade é sobre o desafio de conectar inteligências.
Poderiamos comerçar a reescrever as Leis de Ranganathan desta forma:

A inteligência é para ser usada – uma pessoa é o que impulsiona o conhecimento. E podemos observar a importância das pessoas e de uma Biblioteca 2.o na seguinte frase: “quem sabe usar bem a informação, tem poder”. A informação, livros e documentos são apenas um meio. O conhecimento reside apenas nas pessoas.

Toda pessoa tem algo para ensinar - refere-se a identificação de inteligencias. O bibliotecário deve identificar quem são as pessoas certas, que dominam as áreas de conhecimento de interesse, e que podem contribuir com outras inteligencias.

Todo pessoa tem algo a aprender – refere-se a identificação de problemas. O que as pessoas desejam aprender, quais são os problemas que existem para ser resolvidos. O Bibliotecário tem a missão de conectar as pessoas que realizam perguntas, com aquelas que tem as respostas.

Poupe o tempo do leitor – a criação de serviços de informação que permitam que pessoas conectem-se para ensinar e aprender, seja através da colaboração intelectual, e/ou o compartilhamento da informação, documentação e livros ente as pessoas é o desafio do Bibliotecário 2.0. As pessoas não procuram conhecimento em catálogos, mecanismos de busca e etc. As pessoas buscam e encontram conhecimento no relacionamento com outras pessoas. São outras pessoas que indicam bons livros, documentos e informações. O desafio está na construção de sistemas que evidenciem isso.

Uma biblioteca 2.0 é um organismo em crescimento – o bibliotecário deve promover e estimular a formação de comunidades e redes sociais especializadas, que permitam que pessoas interessadas em um mesmo tema possam encontrar-se para trocar referências, documentos, e atuar em conjunto para a resolução de um problema em comum. Os sistemas colaborativos na internet possibilitaram a formação dos mais variados tipos de comunidades sem a necessidade de um profissional como intermediário. No entanto, o desafio do Bibliotecário está em promover a formação de comunidades mais inteligentes.

Ao invés de utilizarmos a web e a tecnologia da informação replicando a mentalidade industrial e o seu modelo “top down” de disseminação da informação, precisamos repensar e avaliar bem o impacto destas iniciativas. É preciso investir tempo na criação de serviços de informação inteligentes. Permitindo uma melhor conexão entre as pessoas e a sua produção intelectual (livros, documentos, apresentações).

Imaginem, por exemplo, que cada especialista ao invés de ter que publicar seus trabalhos compulsoriamente em Repositórios e Bibliotecas Digitais ineficientes, possam ter páginas pessoais na web em que suas competências sejam evidenciadas, em conjunto com a sua produção intelectual.
Desta forma, o papel do profissional deixaria de investir tempo na promoção de leis e medidas coercivas para a manutenção do que foram preparados para fazer, para atuarem de forma mais próxima as pessoas nas comunidades que fazem parte e ajudá-las a disseminar melhor a sua informação e a conectarem-se de forma mais inteligente com os seus pares e aprendizes.
É preciso transcender as nossas tradições e deixar de lado um pouco as instituições clássicas que sustentam a Biblioteconomia hoje. Para que talvez, possamos nos reconectar profissionalmente para sermos capazes de criar novos serviços de informação que resolvam problemas mais atuais.
As tecnologias que permitem que isso aconteça estão disponíveis. E são mais simples, baratas, efetivas e fáceis de utilizar do que muitas das que nos foram ensinadas nas universidades.
Como podemos reescrever estas leis e reinventar a Biblioteconomia para que ela continue cumprindo o seu papel e nos reconectar-mos profissionalmente para reinventar a Biblioteconomia?

Da Biblioteca ao Núcleo de Inteligência Social

O desenvolvimento de serviços de informação de serviços relacionados a aprendizagem e geração de novos conhecimentos são tradicionalmente de responsabilidade das bibliotecas em instituições de ensino e pesquisa.

Mas atualmente, graças às novas tecnologias e conceitos, baseados em redes sociais, inovação aberta, colaboração, aprendizagem em rede, e o perfíl de uma nova geração de estudantes e profissionais, foi preciso repensar o modelo tradicional das bibliotecas.

A estratégia de bibliotecas como redes participativas (Biblioteca 2.0) foi uma forma de aproximar aproximar as bibliotecas consolidadas com as demandas emergentes de serviços baseados em tecnologias colaborativas. Mas para instituições que não possuem bibliotecas, ou quando é inviável que a biblioteca incorpore um novo modelo estratégico, foi preciso repensar o papel das bibliotecas (unidades de informação) e o perfíl dos profissionais envolvidos.

Alguns problemas também foram fundamentais para consolidação da nova estratégia:

Gestão Informacional: a representação orientada apenas para a relação informação/documentação x geração de novos conhecimentos.

Gestão de TI: desalinhamento da da gestão com o desenvolvimento de novos serviços para bibliotecas – as bibliotecas costumam limitar seus serviços a mentalidade automação e criação de repositórios digitais.

Profissionais: a postura tradicional de profissionais da informação que crêem em mediação da informação, adotando um modelo de cima para baixo no desenvolvimento de serviços.

O planejamento estratégico do tipo de práticas adotadas por este novo modelo é o seguinte:

O Núcleo de inteligência social

O núcleo de inteligência social deverá se capaz de prover serviços de informação e prestar assessoria informacional com a finalidade de estimular uma cultura de aprendizagem colaborativa de inovação, para tanto:

Serviços de Informação

- Identificar demandas e necessidades de informação
- Mapear e reconhecer fluxos informais de informação
- Desenvolver serviços de informação
- Avaliar os serviços de informação através do feedback da comunidade

Aprendizagem Colaborativa

- Oferecer treinamentos, oficinas e cursos relativos para desenvolver habilidades informacionais
- Incentivar a utilização das tecnologias colaborativas para comunicação corporativa
- Estimular a auto-gestão e colaboração informacional
- Apresentar soluções para o gerenciamento de informações pessoais
- Orientar quanto ao uso de agregadores de conteúdo para acompanhamento de atualizações de sites através do RSS.

Gestão de Tecnologias Colaborativas

- prover infra-estrutura de tecnologia de informação
- implementar tecnologias colaborativas (blogs e wikis) como ferramentas para suporte a comunicação corporativa

FONTE: Fabiano Caruso - http://fabianocaruso.com/biblioteca-2-0/da-biblioteca-ao-nucleo-de-inteligencia-social/

Keith Richards diz em autobiografia que sonha em ser bibliotecário!

Londres, 4 abr (EFE).- O guitarrista Keith Richards, do Rolling Stones, tem o sonho secreto de ser bibliotecário, diz o próprio em uma autobiografia que está perto de ser publicada.

Segundo a edição de hoje do jornal inglês "The Sunday Times", o músico confessa no livro que, apesar de sua imagem de roqueiro, há anos cultiva uma paixão pelos livros e inclusive recebeu formação profissional para organizar os guardados em suas casas na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Em sua biografia, pela qual teria recebido US$ 7,3 milhões por antecipação, Richards explica que tentou aplicar um sistema que utilizam os bibliotecários para ordenar seus livros, entre eles muitos sobre a história do rock e a Segunda Guerra Mundial.

Além disso, Richards atuou como uma "biblioteca pública" ao emprestar exemplares de autores britânicos como Bernard Cornwell e Len Deighton para seus amigos, diz o jornal.Segundo o "The Sunday Times", durante sua juventude na austera Inglaterra do pós-guerra, o roqueiro se refugiava na leitura antes de encontrar o blues.

Para Richards, "quando você cresce, há duas instituições que o afetam especialmente: a Igreja, que pertence a Deus, e a biblioteca, que pertence a você. A biblioteca pública é enormemente igualitária".

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2010/04/04/keith-richards-diz-em-autobiografia-que-sonha-em-ser-bibliotecario.jhtm